é fogo!

Ontem, uma amiga de profissão me enviou um pedido de desculpas pela demora em responder meu email devido a “uma série de coisas que aconteceram aqui em casa” – escreveu, justificando o esquecimento do meu email. Sorri na hora. Se ela tivesse usado como desculpa algum mal estar ou outro tipo de problema, me soaria como algo meio vago ou falso, mas “uma série de coisas que aconteceram aqui em casa” pra mim foi algo completamente claro e compreensível! “Entendo perfeitamente!” – respondi. E realmente entendo meeeesmo, porque aqui em casa também vive acontecendo uma série de coisas que me impedem de fazer isso ou aquilo... A minha mais recente “uma série de coisas que aconteceram aqui em casa” foi a demissão de uma funcionária. Eu sempre achei que arrancar o ciso fosse algo extremamente primitivo – se você já arrancou algum, sabe do que estou falando. Nunca precisou, fofa? Então nem continue a leitura, você não entenderá bulufas do que vou contar! Voltando ao que importa: engano meu, extrair o ciso é uma atitude civilizada, tranquila e tenra se comparada ao que é extrair alguém que convive com você diariamente do seu lar. Primeiro que você nunca imagina que algum dia este momento chegará e quando chega você nunca imagina que será como foi – no meu caso da forma mais primitiva que se possa imaginar! Continua lendo fofa? Eu explico. Quero dizer que se eu morasse numa caverna e se fosse casada com o homem de Neanderthal a demissão teria sido a base de porretadas com paus e pedras de um lado e do outro. Tô zonza até agora! Tô exagerando? Claro que estou! Mas nem tanto quanto eu gostaria. E o que isso tem a ver com o Diário da Mami? Tudo. Depois de ter tido essa experiência penso no tamanho da nossa responsabilidade, de nós mamães, ao colocar alguém dentro de casa quando temos um filho tão pequeno sob os nossos cuidados. Eu colocava minha mão no fogo por essa pessoa e acabei toda queimada. Não posso nem imaginar o que seria, se alguma fagulha tivesse caído sobre meu tutuzinho. Não me perdoaria nunca. Ainda acredito na bondade das pessoas, mas é preciso estar alerta (sempre) porque é praticamente inevitável nós enxergarmos as coisas como nós gostaríamos que elas fossem e não, como elas realmente são. E isso não foi uma dica, isso é um fato. A dica vem agora, fofa: nunca se esqueça dos recibos, tá?

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